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sábado, 30 de junho de 2012

Infância e pobreza .© Copyright




Aquele menino guerreiro tem os passos na rudeza...
Na rua, em casa, na favela da incerteza...
Aquele menino guerreiro, luta a guerra da pobreza...
Nos campos, nos canaviais, ou na periferia de crueza...
Vivendo uma luta sem igual, facões com raça no canavial.
Levanta os braços nos açoites de cortes, a cada estação.
O rosto coberto esconde a guerra da triste condição.
Nas mãos, o calejo do açoite rude da infeliz situação...

Aquele menino guerreiro, trás as marcas da vida... Ainda
Que Sejam as marcas de um sorriso... Um disfarce de alegria
Na lida... Traz no coração a pureza de criança, ainda que
Que esta fase, encontra-se perdida...
Brinca de trabalhar, esta roda de ciranda sofrida...
Quando homem vem à tona, a criança pura escondida...
Agora e’ tempo de brincar, a inocência antes esquecida...
Tempo de fantasia incontida...

Tempo de colher o que ficou, tempo de brincar o
Que se plantou...
Tempo de sorrir feliz o riso escondido... Tirar a mascara
Do riso antes, disfarce aflito...
Aquele menino guerreiro virou homem, e brinca 
O que deixou de brincar... Tudo e’ feliz, e bonito!
Traz nas mãos, as marcas, que a vida guerreira marcou... no peito
A saudade, mesmo que dura lembrança! Mas a coragem
Venho, na luta que travou...
E os lábios ainda cantam os versos, que o menino guerreiro
Cantou. Bybetonicou

domingo, 24 de junho de 2012

Anjos, e mascaras.© Copyright


Por entre as nuvens vislumbro, o olhar que brilha
E desassossega... Este fitar de azul de mar.
Longe da terra. Esses espaços vazios que precedem,
O breve instante do acordar...
Longe do beijo morno e da inocência singela...
 Os abraços que todo sentimento segreda... Neste
cantinho de sombra, ante a luz de vela que desvela
essas retinas que teimam,  em mostrar o que
Alem do véu se revela...

Neste ermo sem remo, a velejar sob as mazelas
escondidas ouso secar,  de teus olhos lagrimas
lúgubres e  incontidas...
E este olhar,  tão distante. Este vazio que tudo devora.
A inquietação que a este delicado rosto consome e 
a emoção,  do sentimento rude que deplora...

Neste momento deserto, este meu riso mais belo
deseja  sonhar-te mais feliz, mais sorridente almeja...
A solidão que este teu caminhar noturno segrega...
O contraste que o meu dia, de sol pleno revela, 
na esperança que reside o remédio,  para a triste espera.
Levo a você o sentimento profundo, sem causa,
sem espanto... Apenas da paixão. Um leve ardor
Perto do sol e no azul das estrelas, um leve toque de cor...

Vagueio,  por entre os caminhos, acima das nuvens de
Chuvas. Longe da tempestade que entorna suas gotas
de água de lamurias...
Embaçam teus olhos molhados, as sombras que rodeiam
São agruras... Fecham-se,  os olhos cansados ao verem
Tamanha agonia... Cai a mascara e  mostra-se,  a personagem vil
Melancolia... Faça se luz! Dispa-se da grinalda sombria!
Faça-se luz! Cubra-se,  do claro véu de harmonia.   Bybetonicou