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domingo, 22 de abril de 2012

Flor e espada © Copyright

Uma terra de aço, jardins e vertentes. Lá, na noite, a lua sorri, para o amanhecer do sol no oriente. Lá, brotam e florescem, as rosas de cerejeira, vindas de brotos, das boas sementes. Há um destino de guerra. As espadas cortam o ar. Ecoam gritos dementes. O sangue, tinge de escarlate, as cores, ali presentes. Lá, é o lugar, em que: as nascentes viram poentes.

Um sonho, de poesia e cores, de jardins zen e odores. Um sonho sereno, com catanas, em suas saias esguias. Nas mãos um maço de jasmins. Um sonho musicado, no shamisen, onde nascem, notas, de pétalas carmins. Um sonho nostálgico pela terra deixada para trás. Um sonho de guerreiro, de dedilhar canções, que fazem brotar saudades lacrimais.

Assim, nascem, os corações descontentes. Um sonho de paz, nos jardins que germinam, a esperança das flores ausentes. No solo de batalha, a espada frenética no ar, vai dançando a morte que espreita. Nos ares, espreitam os seres, que esperam, a prova de tristes colheitas. Choram e gritam, as almas, sob a cor da lua, prateada ou envergonhada, por cenas sangrentas.

O guerreiro traz consigo o seu fio cortante de morte. Em seu coração, um jardim de canções, a singeleza residente num forte. Em seu destino de guerras, nascem os frutos da amargura. A batalha que trava, é com seu outro lado; o lado de ternura. Traz dentro de si, a vontade, por cortes, por sangue e dores, junto, à delicadeza, do jardim zen de flores.

São gritos de angustia e dor. São contrastes, com as canções, singelezas de plantios de amor; sonhos de dois mundos. Uma lágrima sem cor, ou a doce e pura água, que se esvai? São sonhos, são guerras, ódio e amor! Uma amizade pura, e outra que trai. Dores, canções e flores singelas: A eterna guerra de um “Samurai”.

 

Betonicou©

Arte: Compassione-Frejac